Fraude no INSS: governo quer bloqueio de bens de investigados

Foto: Reprodução Governo Federal
A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou à Justiça Federal o bloqueio de bens e ativos financeiros de mais 14 pessoas físicas e jurídicas envolvidas em um esquema que vem descontando irregularmente valores de benefícios de aposentados e pensionistas do INSS, desde 2019.
O novo pedido foi feito nesta sexta-feira, 9, em complemento à ação cautelar ajuizada, na quinta-feira, 8, que inclui seis empresas e oito sócios acusados de intermediar o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos. Na ação protocolada na quinta-feira, a AGU havia solicitado o bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens de 12 entidades e seus representantes.
A Controladoria-Geral da União (CGU) apontou a necessidade de ampliar o número de investigados, com base nas apurações da Operação Sem Desconto. Além dos bloqueios, a AGU também requereu a suspensão das atividades financeiras das empresas e a quebra dos sigilos bancários e fiscais dos envolvidos.
“As investigações em curso revelam fortes indícios de que as empresas mencionadas participaram diretamente da intermediação de valores milionários”, afirma a petição. Segundo a AGU, o grupo atuava para repassar os valores descontados irregularmente por associações a servidores do INSS que facilitavam ou permitiam os descontos. O repasse indevido a agentes públicos já soma R$ 23,8 milhões.