Consórcio da ponte Salvador-Itaparica muda empresa para construção

Foto: GOVBA/ Divulgação
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), anunciou que uma nova empresa será encarregada da construção da ponte Salvador-Itaparica. A mudança ocorre após o consórcio responsável pelo projeto substituir a empresa inicialmente designada para a obra, escolhendo outra para assumir a responsabilidade pela construção da estrutura.
O anúncio foi feito por Jerônimo durante entrevista à rádio Sociedade. De acordo com o governador baiano, a nova empresa tem experiência na construção de pontes submarinas, como a ponte de Macau. “O consórcio tirou uma empresa e colocou uma outra. Inclusive, essa outra empresa é a que fez pontes submarinas, debaixo do mar, tem muita experiência, é a empresa que construiu a ponte de Macau”, explicou.
Citada por Jerônimo, a ponte Hong Kong-Macau-Zhuhai é a mais extensa do mundo, com 55 quilômetros de extensão ao total. O complexo projeto de engenharia custou mais de US$ 15 bilhões de dólares.
Há a expectativa de a construção gerar aproximadamente 7 mil empregos diretos e indiretos, que serão preenchidos por baianos, de acordo com a estimativa da Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre).
Contrato
Jerônimo também previu uma possível data para a assinatura do contrato de repactuação com o consórcio das empresas chinesas, aprovado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) em fevereiro. Ele afirmou que o contrato pode ser assinado na próxima segunda-feira (31).
“Eu quero muito acreditar que dia 31 [próxima segunda] a gente possa assinar. Eu queria muito aproveitar o aniversário de Salvador e assinar o termo da renegociação, que foi feita nos acordos. O [presidente] Lula colocou dinheiro e a Casa Civil ajudou bastante a gente”, disse o chefe do Executivo baiano.
Essa mudança ocorre após a aprovação, no último dia 11, pelo TCE, do aditivo contratual entre o governo estadual e o consórcio responsável pela construção da ponte Salvador-Itaparica.
Vale lembrar que, no mês passado, em entrevista ao Bahia Notícias, o presidente do TCE, conselheiro Marcus Presídio, detalhou que o prazo da concessão foi reduzido de 35 para 29 anos. O tempo de execução da obra é de seis anos.
A revisão contratual foi necessária para adequar o projeto às mudanças econômicas desde a assinatura do contrato original, em 2020. Segundo Marcus Presídio, fatores como a pandemia, a alta na taxa de juros, a valorização do dólar e o aumento no custo dos materiais de construção impactaram consideravelmente o planejamento financeiro da obra.
“O que analisamos foram as cláusulas econômico-financeiras do contrato. Nosso papel foi avaliar se a continuidade do contrato era economicamente viável para a Bahia, e concluímos que sim. Agora, com a aprovação do aditivo, é possível seguir com a assinatura e iniciar as obras”, disse Presídio, ao site, no início de fevereiro.