Ambulantes não montam sombreiros no Porto da Barra em protesto contra regras da prefeitura

Foto: Alan Oliveira/g1
Após reclamações sobre o excesso de ocupação na faixa de areia do Porto da Barra, em Salvador, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop) anunciou novas regras para o uso de mesas, cadeiras e sombreiros por ambulantes.
Definidas em reunião com os 30 permissionários que atuam na área, as mudanças determinam que cada ambulante terá um espaço delimitado e poderá dispor de no máximo dez kits, compostos por uma mesa, um sombreiro e quatro cadeiras cada. A medida vale para o trecho entre o Forte São Diogo e o Forte de Santa Maria.
Além disso, a Semop reforçará o cumprimento de horários de funcionamento e a regularização fiscal dos permissionários. A decisão atende a queixas de banhistas sobre dificuldades de locomoção e uso da areia devido à ocupação excessiva.
Segundo o diretor da Semop, Alysson Carvalho, a iniciativa é fundamental para garantir o equilíbrio entre a geração de renda dos trabalhadores e o uso organizado do espaço público.
A faixa de areia da praia do Porto da Barra, uma das mais famosas de Salvador, amanheceu sem cadeiras, mesas e sombreiros, nesta terça-feira (28). Se trata de um protesto dos ambulantes que trabalham no local. Eles retiraram os kits em repúdio às novas regras impostas pela Secretaria Municipal de Ordem Pública (Semop), que estabeleceu o uso dos itens por demanda, na última quinta-feira (28).
A determinação da pasta foi feita após banhistas reclamarem da falta de espaço na faixa de areia. O caso virou polêmica na última semana depois de um vídeo viralizar nas redes socias. Um homem alegou que a praia estaria sendo privatizada, por causa da grande quantidade de cadeiras colocadas pelos ambulantes na faixa de areia, já que o serviço é cobrado por eles.
Após reunião com comerciantes locais, a Semop reforçou que os itens só devem ser colocados na faixa de areia caso surja algum cliente interessado em utilizar o serviço.